ajuda-me

Sento-me junto ao mar e respiro fundo. Penso. Respiro a tranquilidade, suspiro as inquietações, como murmúrios. "Tu não me podes ajudar." Em minutos, as réstias de esperança que tinha desmoronaram-se como um castelo de cartas ao vento. Não vejo saidas, portas abertas. Sinto o mundo inteiro conspirar contra mim. Quero agarrar-me a algo, mas não tenho nada. A fé está a escapar-se-me pelos dedos, como a areia que toco, com medo de não ter a certeza que a poderei tocar de novo. O Sol põe-se, escondido pelas núvens, e a escuridão invade-me. A minha amiga, companheira escuridão.

Raquel, em momento de profunda e inacreditável inspiração e desespero.